Menu

Pesquisar

Micoses superficiais e AIDS

Candidíase mucocutânea

A candidíase é causada mais comumente por um fungo denominado Candida albicans, sendo que nos pacientes HIV positivos é comum a associação da infecção com outras espécies mais raras e mais aderentes à mucosa, o que pode justificar, às vezes, a dificuldade no tratamento ou a resistência à terapia convencional.

A sua forma clínica mais comum é a candidíase oral, que se caracteriza por placas vermelhas, recobertas por uma membrana esbranquiçada, que pode ser retirada facilmente com uma espátula, e pode estar localizada em qualquer parte da boca (língua, céu da boca, bochechas, etc.).

O artigo continua logo abaixo…

Continue a leitura

Nos pacientes com doença mais avançada, ela pode se espalhar pela garganta, e atingir o esôfago, causando dor e dificuldade de engolir, levando consequentemente ao emagrecimento.

A candidíase pode ocorrer também em outras partes do corpo, principalmente nas dobras e regiões quentes e úmidas, como axilas, virilha, entre os dedos e entre as nádegas, e em outras mucosas como a do pênis e vagina. É bom lembrar que no caso da candidíase no pênis ou vagina o parceiro(a) sexual deve tratado(a) conjuntamente, para evitar a manutenção da doença por re-contaminação.

O tratamento é feito com anti-fúngicos tópicos (nistatina, cetoconazol, clotrimazol , etc.) e sistêmicos (fluconazol, cetoconazol, itraconazol). Nos indivíduos com imunodeficiência avançada, a candidíase pode ocorrer com maior freqüência, ou se tornar resistente aos anti-fúngicos orais, necessitando então do uso venoso da anfotericina B.

É bom ressaltar que alguns anti-fúngicos sistêmicos apresentam interação medicamentosa com alguns inibidores de protease devido ao seu metabolismo no fígado, devendo-se sempre consultar o seu médico antes de iniciar o uso de qualquer medicamento.

Dermatofitose da pele e unhas (micoses)

A dermatofitose (micose) é causada por um grupo de fungos denominados dermatófitos, que podem infectar a pele e unhas. A micose de pele, também chamada popularmente de “impinge”, caracteriza-se por placas de bordas elevadas e avermelhadas formando círculos. São bastante pruriginosas (coçam), e podem ocorrer em qualquer parte do corpo, inclusive no couro cabeludo.

micoses superficiais
Dermatofitose da pele

Quando atingem as unhas, são chamadas de onicomicoses, e clinicamente podem se apresentar como um espessamento ou descolamento da unha a partir de sua parte mais externa e, nos casos mais avançados, podem acometer as 20 unhas. Uma apresentação quase sempre relacionada com a infecção pelo HIV é a chamada leuconíquia proximal (unhas brancas), que são placas esbranquiçadas por baixo das unhas localizadas perto da matriz.

Alguns indivíduos podem apresentar infecção concomitante por Candida ou bactérias. Nestes casos, normalmente temos inflamação do tecido ao redor da unha, com dor local, característica conhecida popularmente por “unheiro”.

As micoses de pele quando restritas a pequenas lesões podem ser tratadas com anti-fúngicos tópicos em forma de creme ou loção.

O artigo continua logo abaixo…

Continue a leitura

Nas lesões extensas ou causadas por fungos resistentes devemos utilizar os anti-fúgicos sistêmicos (nestes casos podemos acrescentar a terbinafina aos anteriormente citados).

Nas onicomicoses, devemos preferir o uso de soluções alcoólicas ou esmaltes (apesar de caros) para os casos em que há o acometimento de menos de 50% da unha.

Nos casos resistentes, com matriz afetada, ou com mais de 50% da lâmina ungueal afetada, devemos recorrer aos anti-fúngicos sistêmicos como a terbinafina, o itraconazol e o fluconazol.

Estas duas últimas devem ser as drogas de escolha no caso de infecção associada por Candida. No caso de infecção secundária por bactérias podemos utilizar antibióticos tópicos e/ou orais.

Saiba mais sobre as micoses superficiais da pele e sobre as micoses das unhas.

Colaboração: Dr. Marcio Serra – Dermatologista Sócio Titular da SBD

Dr. Roberto Barbosa Lima

Médico Dermatologista

Especialista da Sociedade Brasileira de Dermatologia e Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica.

Saiba mais

O câncer de pele tem cura

Não atrase o diagnóstico

Surgiu um sinal novo? Não perca tempo! O câncer de pele, quando tratado precocemente, pode ser curado.

Saiba mais

Desenvolvido por Visana Comunicação