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Visualização para a saúde da pele

Visualizar ou imaginar é produzir imagens mentais. Todas as pessoas fazem isso o tempo todo. Não existe nada mais natural. E este é um recurso com o qual cada vez mais médicos estão envolvidos e observando os resultados positivos nos pacientes. Como a visualização ou imaginação pode ser um recurso benéfico para o organismo? Com que base se propõe isso?

Para entender a lógica desta proposta convém lembrar algum momento da vida em que conseguimos algo que parecia impossível ou fora do alcance do nosso poder. Todas as pessoas têm experiências deste tipo registradas na memória. Pode ser uma conquista material para a qual não possuíamos dinheiro suficiente, pode ser a aprovação em algum concurso, pode ser atingir certa posição importante, pode ser a realização de algum trabalho que se afigurava além das nossas possibilidades.

Como cada um fez, mentalmente, para atingir a meta? Primeiro, a pessoa decidiu que iria conseguir o que queria; depois, formou uma imagem nítida do seu objetivo completado. Essa imagem se tornou tão clara que, mesmo diante de certas observações de pessoas negativas, que lhe diziam que sua idéia era uma ilusão, que não adiantava se esforçar, porque não conseguiria realizá-la, a pessoa insistia em que chegaria até ela. Aquilo era uma realidade tão viva na sua mente que não havia dúvida de que, no seu futuro, ela já existia concretamente.

A partir do estabelecimento da representação mental clara e da intenção em atingi-la, fatos incríveis passaram a acontecer: quem não se lembra de certas ajudas e recursos, de que precisava e que não sabia como obter, terem aparecido sem esforço, como por milagre? É o fenômeno chamado sincronicidade, no qual parece que atraímos pelo pensamento.

O resultado final terminou parecendo natural a quem o tinha criado com aspecto inabalável na sua mente. Portanto, antes de se tornar concreto na matéria, o objetivo da pessoa já era concreto na mente. Ao pensar nele, parecia que ela estava dentro dele, vendo o que iria ver, ouvindo o que iria ouvir e sentindo o que iria sentir. Isso é fato observável e perceptível por qualquer pessoa.

Fisiologia da visualização

É óbvio e comprovável fisiologicamente que as imagens mentais provocam alterações no funcionamento do organismo. As alterações mais comuns são as provocadas por fantasias sexuais. Não é preciso que a pessoa esteja vivendo alguma situação, para que a excitação sexual se apresente em seguida a fantasias que estejam sendo cultivadas mentalmente. Por outro lado, nenhuma realização sexual é possível sem imaginação. Não existe nada mais corriqueiro na vida das pessoas.

Pode-se fazer uma experiência bastante convincente. Imaginar que se tem um limão na mão. Imaginar a sensação que o contato com sua casca provoca na pele, sentir a consistência do limão, sentir seu cheiro e sua temperatura; em seguida, imaginar cortá-lo ao meio e espremer uma metade na língua. A maioria das pessoas sentirá salivação como quando o sumo do limão é verdadeiramente espremido na sua língua; entretanto, nesta experiência o limão é apenas um som, uma palavra, que gera uma imagem. No entanto, o efeito é exatamente o mesmo.

Assim, as imagens estão relacionadas com o estado fisiológico. Todas as imagens produzidas na mente alteram a freqüência cardíaca e a respiratória e o tônus muscular, mesmo que essas alterações sejam imperceptíveis. É impossível ter uma imagem mental sem alguma alteração fisiológica.

A imagem não precisa estar relacionada com o que está acontecendo no momento. Qualquer fantasia ou devaneio tem o mesmo poder do fato real. Quem não sente prazer e satisfação só de imaginar as próximas férias? Quem não sente tristeza ao recordar alguma perda que teve? Quem não sente ansiedade ao imaginar alguma obrigação, que talvez não possa cumprir ou algum acontecimento desagradável, que possa vir a acontecer?

Isso ocorre, porque o cérebro não interpreta o que a mente coloca nele. Para ele tudo o que vem da mente é realidade e independe de tempo e espaço. Daí decorre que todas as pessoas sofrem muito mais com a fantasia do que com a realidade.

Bioquímica da visualização

Todas as alterações fisiológicas provocadas pelas imagens mentais provêm do fato de as imagens serem pensamentos. Como já foi relatado, em ítem anterior, os pensamentos determinam o estado bioquímico do organismo, por meio de hormônios e mensageiros químicos, afetando, com isso, o sistema imunitário e os outros sistemas orgânicos.

A produção dessas substâncias é determinada a partir do hipotálamo, que processa as informações vindas da mente via córtex e tecido cerebral. Conforme seu efeito no organismo, os pensamentos podem ser facilitadores ou limitantes. Os primeiros facilitam a função imunitária, os últimos a deprimem.

Cada pensamento tem uma imagem mental e é só por isso que entendemos o que ouvimos e o que lemos. Quando uma palavra é desconhecida, não somos capazes de criar uma representação mental dela e não a entendemos, pois fica um vazio no seu lugar. Por exemplo, se dissermos que encontramos uma casa branca com janelas azuis e jardineiras floridas qualquer pessoa entende, porque forma a imagem que lhe é mais próxima com as palavras, que são todas conhecidas; entretanto, se dissermos que nos defrontamos com um ocapi e sentimos muita emoção pelo inesperado do evento, muitas pessoas poderão não entender, porque são poucos os que têm a imagem do ocapi e, portanto, para a maioria a palavra não tem significado.

A força que uma imagem tem no organismo é influenciada pelo número de vezes que é apresentada, pela importância a ela atribuída pela pessoa e pela emoção associada a ela. Quanto mais vezes uma imagem é focalizada, quanto mais importante ela for para a pessoa que a produz e quanto mais forte a emoção que a acompanha mais intensa a mudança que ela vai provocar no organismo.

Muitas dessas imagens estão armazenadas fora do campo consciente e dirigem a maior parte da vida das pessoas. Quando, porém, criamos imagens intencionalmente e as colorimos com emoções vívidas, certamente desencadeamos alterações fisiológicas importantes por meio dos mensageiros químicos que a elas correspondem.

A produção da saúde pelas imagens mentais

Para garantir o estado de saúde do organismo e da pele é preciso que se tenha uma imagem nítida do que se deseja. Só isso garante que a pessoa será capaz de mobilizar todos os seus recursos e buscar todos os caminhos que transformem esse desejo em realidade. Na maioria das vezes, as pessoas sabem o que não querem, mas não têm idéia nítida do que querem ou mesmo não sabem o que querem.

Essa é a causa de não atingirem metas, simplesmente porque não chegam a ter a noção de como elas são, do que podem representar em sua vida e de como vão sentir-se ao conquistá-las. Numa doença é preciso visualizar o organismo curado, na saúde é preciso imaginar o organismo renovado e vigoroso.

Intenção clara, representação interna nítida, importância vital e emoção vívida conduzem a ação positiva. É assim que vamos alcançar o que queremos. Sem isso, não nos livramos do que não queremos. Quando a imagem mental causa a sensação de que já é realidade e de que estamos indo em sua direção, experimentamos sensações de calma e segurança, que modulam o sistema imunitário pelas endorfinas e outros hormônios do relaxamento. Assim, criamos a saúde e o melhoramento e podemos criar mecanismos de cura inexplicáveis pela ciência atual.

Portanto, para estar sempre melhorando é preciso ter sempre na mente a imagem da saúde, do equilíbrio, da beleza, do prazer, da satisfação e da felicidade.

Colaboração: Dr. Roberto Azambuja – Dermatologista Sócio Titular da SBD

 

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Dr. Roberto Barbosa Lima

Médico Dermatologista

Especialista da Sociedade Brasileira de Dermatologia e Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica.

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