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Farmacodermia, erupção da pele provocada por droga

O que é?

Farmacodermia é uma erupção cutânea que surge em decorrência de uma reação alérgica, provocada pelo uso de drogas (medicamentos).

Qualquer tipo de medicamento pode causar uma farmacodermia. Entre as drogas mais comumente envolvidas estão os antibióticos, antiinflamatórios, quimioterápicos, anticonvulsivantes e psicotrópicos.

As erupções podem ser provocadas por diferentes tipos de reações imunes que desencaderão variadas respostas na pele.

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A maioria das farmacodermias são leves e tem resolução espontânea após a interrupção do uso do medicamento. Algumas podem ser graves e potenciamente letais, como a Síndrome de Stevens-Johnson e a Necrose epidérmica tóxica.

Manifestações clínicas da farmacodermia

As formas de manifestação de uma farmacodermia podem ser as mais variadas possíveis como manchas avermelhadas disseminadas pelo corpo, placas de urticária, descamação, pústulas e bolhas, que podem ser acompanhadas de sintomas como pinicação e coceira.

farmacodermia
Farmacodermia no dorso do tronco

Além das lesões da pele, pode haver o surgimento de lesões nas mucosas oculares, da boca e dos genitais, e também edema (inchaço) da face e da laringe levando à dificuldade respiratória.

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Farmacodermia nas pernas

Em casos graves pode ocorrer a necrose da pele, aumento de gânglios linfáticos, febre e baixa da pressão arterial.

Algumas farmacodermias apresentam características típicas:

  • Erupção acneiforme: as lesões se parecem com as de acne.
  • DRESS: erupção cutânea, febre, envolvimento de órgãos internos e eosinofilia (aumento de eosinófilos no sangue), comumente associada ao uso de anticonvulsivantes.
  • Eritema polimorfo ou eritema multiforme: acometimento extenso com lesões avermelhadas, elevadas, algumas com formato de alvo, que atingem principalmente os membros. Veja mais…
  • Síndrome de Stevens-Johnson: acometimento cutâneo extenso e das mucosas, sintomas gerais, descolamento da pele de até 10%. Veja mais…
  • Necrose epidérmica tóxica: reação cutânea severa que provoca um rápido descolamento da pele de 30% ou mais da superfície corporal.
  • Eritema nodoso: formação de nódulos avermelhados e endurecidos sob a pele, mais comum nos membros inferiores.
  • Eritrodermia: avermelhamento de toda a superfície cutânea, posteriormente seguido de descamação.
  • Eritema pigmentar fixo ou eritema fixo: surgimento de manchas avermelhadas ou violáceas, geralmente circulares, que deixam manchas escuras residuais. Quando a pessoa é novamente exposta ao medicamento, a mancha tende a reaparecer no mesmo local.
  • Erupção liquenóide: as lesões se parecem com as do líquen plano.

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Tratamento

Uma vez que seja identificado o medicamento que provocou a erupção, este deve ser imediatamente suspenso, sempre que possível. Se ele for fundamental para o tratamento de outras doenças, deve-se buscar um substituto.

Quadros leves costumam ter resolução espontânea com a simples suspensão da droga. Caso seja necessário, medicações antialérgicas (antihistamínicos) e corticosteróides de uso oral ou tópico podem ser utiizados, assim como os hidratantes são úteis quando ocorre descamação na fase final da doença.

Quadros graves e com risco de morte, exigem internação hospitalar para garantir o suporte necessário à vida do paciente e para evitar e/ou tratar as possíveis complicações.

Outras imagens

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Publicado por: Dr. Roberto Barbosa Lima – Dermatologista Titular da SBD
Site da clínica: www.barbosalima.com.br
Instagram: @dr.robertobarbosalima

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Dr. Roberto Barbosa Lima

Médico Dermatologista

Especialista da Sociedade Brasileira de Dermatologia e Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica.

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