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Leishmaniose tegumentar ou cutâneo-mucosa

O que é?

A leishmaniose é uma doença infecciosa, de longa duração, causada por um protozoário do gênero Leishmania. Este parasita vive dentro das células do hospedeiro, o que torna mais difícil o tratamento da infecção.

A leishmaniose apresenta diversas formas de manifestação, de acordo com a espécie de parasita que infecta o organismo, apresentando formas que atingem somente a pele (Leishmaniose cutânea ou Botão do Oriente), pele e mucosas (Leishmaniose tegumentar americana ou cutâneo-mucosa) e órgãos internos (Leishmaniose visceral, Calazar).

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A leishmaniose tegumentar americana ou cutâneo-mucosa, ocorre no Brasil e na maioria dos países latino-americanos e será a forma clínica abordada neste artigo. A espécie causadora mais frequente é a Leishmania braziliensis.

A leishmania é transmitida ao homem pela picada do mosquito flebótomo infectado. A transmissão se dá em áreas florestais ou urbanas onde, respectivamente, animais silvestres ou domésticos (principalmente o cão) são o reservatório dos parasitas. O inseto pica os animais, se infecta e depois, ao picar o homem, transmite a doença.

Manifestações clínicas da leishmaniose

Após a inoculação da Leishmania pela picada do inseto, a lesão inicial pode aparecer em alguns dias até várias semanas depois.

A lesão localiza-se, geralmente, em áreas de pele descoberta. Começa como um ponto avermelhado que se torna elevado e aumenta de tamanho, evoluindo para uma lesão verrucosa ou para uma ferida ulcerada, que é a forma mais comum de manifestação.

A úlcera é arredondada, com bordas elevadas e firmes e com fundo avermelhado que pode ser recoberto por secreção transparente e/ou com pus. Pode haver formação de ínguas na regiões afetadas.

leishmaniose
Leishmaniose tegumentar americana: lesão ulcerada

Após meses de evolução, as úlceras tendem a cicatrizar, deixando cicatriz de pele fina e atrofiada ou formam lesões verrucosas e ressecadas.

Um ou dois anos após o início da doença, devido à disseminação da infecção através do sangue, surgem as lesões mucosas. O quadro se inicia por vermelhidão e edema do septo nasal que evolui para a formação de feridas que atingem toda a mucosa do nariz.

Com a progressão, o septo nasal é destruído e o nariz tomba para a frente e aumenta de tamanho devido ao inchaço e inflamação, resultando no aspecto conhecido como nariz de tapir ou de anta.

As áreas de mucosa próximas também são afetadas: laringe, faringe, lábios superior e inferior, palato, gengivas e língua apresentam lesões ulceradas e vegetantes (aspecto de couve-flor). As lesões mucosas não regridem espontaneamente e, ao evoluir, destroem as áreas afetadas.

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Tratamento

O tratamento da leishmaniose é feito com aplicações intramusculares ou intravenosas do medicamento antimonial pentavalente N-metil-glucamina (Glucantime) e deve ser iniciado o quanto antes para se evitar as lesões mucosas.

A dose e frequência das aplicações deve ser ajustada de acordo com cada paciente e é importante levar em conta os possíveis efeitos colaterais, que incluem náuseas, vômitos, dores musculares, alterações hepáticas e do eletrocardiograma.

Nos casos de impossibilidade de uso da N-metil-glucamina ou nos casos resistentes a esta medicação, a Pentamidina e a Anfotericina B são outras alternativas de tratamento.

Nas lesões verrucosas, a eletrocirurgia e a criocirurgia com nitrogênio líquido podem ser associadas ao tratamento medicamentoso.

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Publicado por: Dr. Roberto Barbosa Lima – Dermatologista Titular da SBD
Site da clínica: www.barbosalima.com.br
Instagram: @dr.robertobarbosalima

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Dr. Roberto Barbosa Lima

Médico Dermatologista

Especialista da Sociedade Brasileira de Dermatologia e Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica.

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