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Sífilis aumenta o risco de contaminação pelo HIV

A sífilis é uma doença causada por um microrganismo classificado como um espiroqueta e denominado Treponema pallidum. Pode ser adquirida por via sexual ou por transmissão vertical, isto é de mãe para filho durante a gravidez.

A sífilis pode ser recente ou tardia. A recente pode ser classificada como sífilis primária, secundária, ou latente recente, quando adquirida com menos de um ano de evolução, e a tardia, com mais de um ano de evolução, pode ser classificada em latente tardia ou terciária.

No caso da sífilis congênita, ela pode ser considerada recente quando diagnosticada até o segundo ano de vida, e tardia quando diagnosticada após este período.

Manifestações clínicas da sífilis

Sífilis primária: a lesão inicial da sífilis é uma úlcera (ferida) chamada de cancro duro, que normalmente aparece cerca de 21 dias após o contato sexual e pode estar acompanhada da presença de gânglios.

No homem, o local mais comum de aparecimento desta lesão é na glande (cabeça do pênis), e na mulher é mais comum nos pequenos lábios e vagina. Apesar de raras, podem ocorrer lesões em outras áreas que não a genital, como por exemplo, na faringe quando a via de transmissão for através de sexo oral. O cancro duro é rico em treponemas e, portanto, altamente infectante.

sífilis secundária normalmente aparece de 6 a 8 semanas após o aparecimento da lesão primária (cancro duro). As lesões normalmente são caracterizadas por manchas e pápulas (lesões pouco elevadas) avermelhadas na pele, chamada de roséola sifilítica, e normalmente acompanhadas por gânglios.

Nesta fase, é comum que a pessoa infectada apresente sintomas gerais como febre, dor de cabeça, cansaço, gânglios aumentados e dores no corpo e articulações. Estas lesões são também ricas em treponemas como a sífilis primária e sua localização nas regiões de palmas e plantas sugerem fortemente o diagnóstico de sífilis secundária.

sífilis latente é uma forma da sífilis adquirida sem sinais e sintomas clínicos cujo diagnóstico é feito exclusivamente por de testes sorológicos (exames de sangue).

sífilis terciária tem sinais e sintomas que normalmente aparecem 3 a 12 anos após a infecção, com lesões cutâneas mais específicas na forma de tubérculos (lesões elevadas) ou gomas (ulcerações), e pode estar acompanhada de alterações neurológicas, cardiovasculares e articulares. Nesta fase não se observam treponemas nas lesões.

Diagnóstico

Os diagnósticos diferenciais (doenças que tem quadro clínico semelhante à sífilis) dependem da fase da infecção e podem ser feitos com outras doenças sexualmente transmissíveis que causam lesões na genitália como o herpes genital, donovanose e linfogranuloma venéreo, no caso da sífilis primária. No caso da sífilis secundária, as farmacodermias (alergia a medicamentos) e as doenças exantemáticas (como o sarampo e a rubéola) devem ser consideradas.

O diagnóstico da sífilis é feito associando o quadro clínico a testes sorológicos (exames de sangue), sendo o mais comum o VDRL quantitativo, que é importante também como um critério de cura e no acompanhamento pós-tratamento.

Este teste faz parte também da rotina do pré-natal. É muito importante que a mulher grávida realize o teste para a sífilis antes e durante o pré-natal, pois quando a doença é transmitida ao feto durante a gravidez pode deixar seqüelas como cegueira, mal-formações ou até mesmo levar à morte fetal. As gestantes diagnosticadas com sífilis devem ser tratadas imediatamente, e serem acompanhadas com os testes sorológicos quantitativos (VDRL) mensalmente até o final da gravidez.

Tratamento

O tratamento é feito com de injeções de penicilina, variando a dose de acordo com cada fase da doença. Nos pacientes com alergia comprovada à penicilina podemos utilizar antibióticos a base de eritromicina ou doxiciclina.

Aumento do risco de contaminação pelo HIV

Muitas pessoas acham que não devem se importar com a sífilis já que ela tem cura, mas uma pessoa com sífilis aumenta a sua chance de contrair o HIV, o vírus da AIDS, de 3 a 5 vezes e, como citado anteriormente no caso das gestantes, além de causar sérios problemas nos recém-nascidos pela sífilis, aumenta a chance de também transmitir o HIV para o feto durante a gravidez.

Ultimamente, tem-se diagnosticado vários pacientes portadores de HIV/aids com sífilis, e que, na maioria das vezes, se contaminaram por sexo oral. A sífilis, quando ocorre no paciente portador de HIV/aids, pode mudar a história natural da doença. Desta forma, podemos encontrar pacientes com lesões primárias e secundárias da sífilis ao mesmo tempo, além de poder fazer com que o paciente evolua mais rapidamente para a sífilis terciária, atingindo mais facilmente o sistema nervoso central e causando a neurossífilis.

 

Colaboração: Dr. Marcio SerraDermatologista Sócio Titular da SBD

Dr. Roberto Barbosa Lima

Médico Dermatologista

Especialista da Sociedade Brasileira de Dermatologia e Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica.

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