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Transmissão heterossexual, verdade ou mito?

O número de casos novos de pessoas infectadas pelo HIV (o vírus da AIDS) tem aumentado muito no mundo todo. Recentemente, na Inglaterra, foram divulgados os dados de novos casos de AIDS notificados no ano de 2000.

Para surpresa, foi o ano com o maior número de casos notificados desde 1985 e, pelo segundo ano consecutivo, a maior parte dos novos casos foram adquiridos por transmissão heterossexual (homem para mulher ou mulher para homem).

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No Brasil, estamos caminhando para o mesmo padrão de transmissão, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) do Rio de Janeiro, que refletem bem a situação do país. Isto se deve ao fato de ainda se acreditar que homem não pega AIDS de mulher, ou que é mais difícil de se pegar AIDS de mulher.

Nova etapa da epidemia de AIDS: heterossexuais

Na realidade, este quadro atual da AIDS reflete uma outra etapa da epidemia. No início, as mulheres infectadas pelo HIV, eram mulheres casadas parceiras de bissexuais, transfundidos ou usuários de drogas.

A partir do momento que passamos a ter mulheres solteiras, em idade sexualmente ativa e portadoras do HIV, passamos a ter um maior número de homens heterossexuais contaminados pelo HIV.

E é isto o que refletem os dados da SMS do RJ, referentes ao ano 2000: a AIDS avançando para as classes mais pobres e com menor nível sócio-cultural; a diminuição do número de homens homossexuais, e o aumento de heterossexuais do sexo masculino infectados pelo HIV.

Este aumento de homens heterossexuais tem levado a um aumento brutal do número de mulheres contaminadas e, o pior, é que a maior parte destas mulheres são mulheres casadas e monogâmicas. O marido se contamina em uma relação extra-conjugal e, depois, transmite a doença para sua esposa. Fica, então, uma pergunta no ar: como trabalhar prevenção com estas mulheres?

Vamos tentar esclarecer as principais dúvidas sobre transmissão heterossexual, através de três perguntas que nos são feitas com grande freqüência:

Homem pode pegar AIDS da mulher?

Sim, a AIDS é transmitida da mulher para o homem através da relação sexual, tanto vaginal, anal como oral, caso durante a relação se entre em contato com secreção vaginal ou sangue contaminados.

No início da infecção, adultos jovens homossexuais/bissexuais do sexo masculino eram quase a totalidade das pessoas infectadas pelo HIV, seguidos pelos hemofílicos e usuários de drogas.

Este quadro mudou, e hoje em dia os homens heterossexuais correspondem a 20% dos casos notificados no município do Rio de Janeiro.

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O homem só pega AIDS da mulher se tiver sexo anal?

Não, o HIV pode ser transmitido da mulher para o seu parceiro através da relação anal ou vaginal e, apesar de mais difícil, já há relatos de transmissão por sexo oral. O atrito na relação anal é maior, o que facilita o aparecimento de fissuras, aumentando o risco de transmissão.

Mas se houver alguma área inflamada ou ferida na vagina o risco é praticamente o mesmo, e algumas vezes este fato ocorre sem a mulher perceber, pois nem sempre há sintomas. Sendo assim, havendo penetração, deve-se sempre usar camisinha.

É mais fácil a mulher pegar do homem do que o homem da mulher?

Não, já foi demonstrado que a eficiência da transmissão do HIV é a mesma tanto do homem para a mulher como da mulher para o homem. O fator mais importante nesta transmissão é a carga viral da pessoa contaminada (quantidade de vírus na corrente sangüínea), e isto não dá para ver num exame de sangue normal, ou pela aparência da pessoa.

Colaboração: Dr. Marcio SerraDermatologista Sócio Titular da SBD

Dr. Roberto Barbosa Lima

Médico Dermatologista

Especialista da Sociedade Brasileira de Dermatologia e Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica.

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