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Linfadenectomia total no melanoma não aumentou a sobrevida

Resultados de um estudo retrospectivo mostrou que a linfadenectomia (retirada dos linfonodos) total não trouxe aumento da sobrevida geral em pacientes com melanoma caracterizado por um linfonodo sentinela positivo. Os achados deste estudo foram publicados na revista Journal of Surgical Oncology.

linfadenectomia melanoma
Melanoma

Apesar de resultados de estudos retrospectivos anteriores, assim como testes clínicos, já haverem fornecido evidências de que não há diferenças significantes na sobrevida geral para pacientes de melanoma com linfonodo sentinela positivo que sofreram linfadenectomia total ou apenas acompanhamento clínico, alguns debates consideraram que alguns pacientes poderiam se beneficiar da retirada completa dos linfonodos.

Este novo estudo retrospectivo foi realizado para reexaminar a questão e para avaliar se alguma variável clínico-patológica poderia ser preditiva de uma linfadenectomia total positiva para melanoma.

Dos 953 pacientes com melanoma caracterizado por um linfonodo sentinela positivo incluído no banco de dados do Sentinel Lymph Nodo Working Group de 1994 a 2016, 87% foi submetido à linfadenectomia total e 13% não.

No grupo que foi submetido ao procedimento, a retirada dos linfonodos foi positiva em 17% dos pacientes e negativa em 83%. A análise das variáveis mostrou que sexo feminino, tumor primário de membros inferiores e ulceração foram preditivos de linfadenectomia total positiva para melanoma.

Em 86% dos pacientes nos quais foi possível acompanhamento, o retorno da doença ocorreu em 59% dos pacientes com linfadenectomia total positiva, 35% dos pacientes com linfadenectomia total negativa e 38% dos pacientes que foram apenas acompanhados.

Linfadenectomia total x acompanhamento

Não houve diferença significativa na sobrevida geral ou sobrevida relacionada ao melanoma quando comparados os pacientes que foram submetidos à retirada total dos linfonodos com os que foram apenas acompanhados.

Taxas similares de sobrevida geral por 5 anos (64% x 59%) e sobrevida relacionada ao melanoma por 5 anos (71% x 66%) foram observadas nos dois grupos (linfadenectomia total x acompanhamento).

Entretanto, quando comparados subgrupos com linfadenectomia total positiva para melanoma versus negativa, uma diferença significativa foi observada na sobrevida geral a favor do último grupo. Taxas de sobrevida geral por 5 anos e de sobrevida relacionada ao melanoma por 5 anos foram de 37% x 70% e de 49% x 76%, respectivamente.

Nas conclusões do estudo, os autores citam que questões importantes a serem discutidas incluem se a retirada total dos linfonodos nos pacientes com maior risco de disseminação da doença além do linfonodo sentinela vai aumentar a sua sobrevida e qual poderia ser o impacto potencial de deixar tal doença em pacientes jovens com melanoma

Fonte: Cancer Therapy Advisor

Dr. Roberto Barbosa Lima

Médico Dermatologista

Especialista da Sociedade Brasileira de Dermatologia e Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica.

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